AUTISMO: Avanços pela nutrição


Fonte imagem: google.com.br

O dia 2 de abril é o dia mundial de conscientização do Autismo e o blog estará participando durante todo o mês com textos que explorem o olhar da nutrição sobre o tema. Nos últimos anos a ciência da nutrição evoluiu como um dos mais potentes instrumento para o bem estar desses pacientes.

Para que vocês possam entender a real importância da dieta adequada nesse caso, iniciarei abordando um pouco sobre algumas considerações importantes.

Você sabe o que são as desordens do espectro autista?
São anormalidades que afetam as interações sociais, a linguagem, comunicação e imaginação, gerando um comportamento restritivo e repetitivo com uma gama de interesses bem específicos. Dentre as desordens do espectro autista estão incluídas: o autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância.

Quando o autismo se manifesta?
Nos três primeiros anos de vida.

Existe um gênero mais afetado?
Sim, é mais frequente no sexo masculino. De acordo com as pesquisas cerca de 4x mais frequente em relação ao sexo feminino.

Quais são as doenças (comorbidades) comuns associadas as desordens do espectro autismo?
Doença gastrointestinal, disbiose, auto-imunidade,  níveis de inteligência que variam de retardo mental a até níveis acima da média.

Qual é a causa?
A etiologia exata não é clara, a provável causa é multifatorial e inicia-se durante a gestação, incluindo a somatória de um possível fator genético,  fatores epignéticos (fatores externos que modificam a expressão gênica), hipersensibilidades, inflamação, auto-imunidade, elevado nível de estresse oxidativo, doença gastrointestinal, diminuição da capacidade de detoxicar toxinas, diminuição da função mitocondrial e causas iatrogênicas, como: vacinas e aditivos alimentares. Além disso, a exposição perinatal a vírus e estresse também tem demonstrado associação com a manifestação da doença.
 
Vale ressaltar que não é contagioso!

Qual o papel da nutrição nas desordens do espectro autista?
 
A nutrição avança em dois sentidos: na prevenção e na modulação dos sintomas.
 
Isso porque através da nutrição é possível reverter a disbiose, melhorar a resposta imunológica, modular a inflamação e o estresse oxidativo, potencializar a capacidade do fígado de detoxicar (leia limpar) o organismo e melhorar a função mitocondrial. Embora a nutrição não cure essas desordens, ela é capaz de modular o sintomas, de melhorar nitidamente a interação e a comunicação desses pacientes e também é um importante instrumento para ser aplicada de forma preventiva durante a gestação.
 
Artigos científicos mais recentes demonstram ainda que a carga tóxica de muitos alimentos consumidos pode ser um grande desencadeador da manifestação da doença. Em outras palavras a nutrição é considerada um divisor de águas no tratamento desses pacientes. Fique atento as atualizações sobre esse tema!

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